Saúde Financeira: planejamento de curto, médio e longo prazos
Entenda como e porque investir em cada caso.
Da reserva de emergência à construção de patrimônio: conheça as características de cada prazo.
Com uma maior consciência sobre a importância da saúde financeira e dos investimentos, os brasileiros vão deixando, pouco a pouco, de investir na tradicional poupança e se aventuram nos diversos produtos financeiros disponibilizados pelo governo, instituições financeiras e mercados.
Junto com essa mudança no perfil do investidor brasileiro, também vêm outras nuances – e, entre as principais delas, estão os prazos: como devo investir para realizar meu desejo, seja construir patrimônio, viajar, comprar um carro ou uma casa?
Entenda os investimentos
Antes de citarmos os três prazos, precisamos elucidar que há um ‘tripé’ nos investimentos: segurança x liquidez x rentabilidade. Isso é conhecido de qualquer investidor, até mesmo para quem está começando, e aponta uma realidade consolidada – você poderá ter duas das três características, nunca todas ao mesmo tempo. Para entender melhor, vamos colocar isto na prática.
Curto prazo: priorize a liquidez
Os investimentos de curto prazo são aqueles que são aplicados no prazo entre 6 meses a um ano. Nesse caso, geralmente, os investidores buscam alocar recursos para fazer viagens, dar entrada em financiamentos, realizar pequenas obras ou investir em equipamentos – mas, o leque se estende de acordo com cada caso.
É importante ressaltar que seu investimento de curto prazo deve priorizar a liquidez, pois geralmente ele serve como uma ‘reserva’ de emergência. Se você não pode tirar seu investimento em poucos dias úteis, ou a retirada antes do prazo corrói sua rentabilidade, isso pode trazer mais contratempos que ajudar a sua situação.
Recomendação de investimentos em curto prazo: Tesouro SELIC, determinadas LCIs e CDBs com liquidez diária e, caso necessário, até a própria poupança.
Médio prazo: segurança e rentabilidade
Os investidores que buscam construir um patrimônio razoável geralmente investem em produtos financeiros em médio prazo – isto é, de dois a cinco anos, em média. Aqui, se você deseja acumular bons valores financeiros, não precisará se preocupar com a liquidez, visto que sua ideia é apenas fazer o resgate quando vencer o prazo do investimento.
O médio prazo é recomendado para aqueles que querem fazer a compra total de um veículo, quitar um bom valor do imóvel, ter uma reserva suficiente para contratempos – como meses sem trabalho e fonte de renda – além de investimentos em situações específicas, como a faculdade dos filhos que está chegando.
Recomendação de investimentos em médio prazo: CDBS com valor igual ou superior a 100% do CDI, LCIs e LCAs de médio prazo, Fundos Multimercados (que vão de perfis mais conservadores até um pouco agressivos) e alguns títulos públicos pré-fixados.
Longo prazo: buscando o mais rentável
O longo prazo é para aqueles que, tendo consciência que o mundo das finanças demanda tempo e estudo, querem fazer muito dinheiro para diversas situações – da aposentadoria, passando pela compra total de imóveis, construção de patrimônio que gere rentabilidade e uma reserva suficiente para cobrir todos os gastos necessários.
Aqui a liquidez será totalmente esquecida. A segurança varia: para quem quer uma ‘poupança’ constante, há bons e seguros produtos financeiros que protegem o patrimônio do investidor. Contudo, acumulando bons valores durante um tempo, aumenta-se a possibilidade de diversificação e é possível correr mais riscos. O investimento ao longo prazo é a opção mais viável para quem realmente deseja fazer ‘muito dinheiro’.
Recomendações de investimentos em longo prazo: ações (o principal produto, que dará a maior rentabilidade se bem investido), Fundos de Investimento, CDBs (superior a 10 anos) e títulos públicos (superior a 10 anos).