Risco moral.
Semana passada fui a um show com um grupo de amigos e um deles havia ficado de passar em casa para me pegar e irmos juntos em seu carro. No dia do show recebo uma mensagem no celular perguntando se podíamos mudar os planos: irmos com o meu carro e eu passar na casa dele. Respondi que não havia problemas sem questionar o motivo da mudança de planos.
Quando passei para pegá-lo perguntei se havia algum problema com o carro; ele disse que não, que o seguro havia vencido ao final do mês de julho e que como ele vai vender o carro no começo de setembro, que só está esperando a volta da cobrança do IPI e desta forma ver o valor venal do carro aumentar, não renovou o seguro e está evitando deixar o carro em lugares mais arriscados.
Falei para ele que isto era risco moral. Ele não entendeu nada e tive que explicar a ele o conceito do termo.
Risco moral é o risco associado à mudança de comportamento pelo ator econômico por ter seu bem protegido.
Se não tenho seguro evito estacionar em lugares de risco e dirijo com mais cautela. Se o tenho não tenho o mesmo cuidado. Isto é risco moral.
Se o FGC garante até R$ 70 mil por CPF aplico até este valor em bancos menores sem uma pesquisa prévia da solidez da instituição, já se o valor a investir é mais robusto procuro bancos mais seguros.
O risco moral está associado ao afrouxamento em nossas decisões por sabermos que em caso de perda o prejuízo não será nosso.