Passo a passo para dividir as contas em casal de forma justa

Quando duas pessoas decidem viver juntas, depois do casamento ou antes, alguns objetivos pessoais tendem a ser deixados de lado para que metas em conjunto sejam atingidas com mais velocidade.

Pode ser a compra de um imóvel, um carro ou até mesmo o planejamento para ter filhos. Como bem sabemos, no Brasil a diferença salarial é um problema real, portanto, é preciso pensar em estratégias para fazer com que essa divisão seja justa para ambas as partes.

Com isso em mente, elaboramos esse pequeno guia com o passo a passo para dividir as contas em casal. Confira!

Converse abertamente sobre dinheiro

O planejamento financeiro pessoal já é um grande desafio. Agora, imagine alinhar os seus objetivos com os de outra pessoa.

É preciso muita comunicação, diálogo e compreensão para compreender o que o outro precisa e como vocês podem se ajudar mutuamente.

Segundo pesquisa comandada pelo SPC Brasil, 46% dos casais divorciaram-se por conta de problemas financeiros. De fato, cerca de 51% das pessoas culpam o seu parceiro pelo descontrole orçamentário.

Nesse sentido, é fundamental ter a abertura para falar sobre dinheiro. Saber quanto o outro ganha, por exemplo, é uma maneira de desenvolver maior confiança nessa relação.

Com isso, pode-se definir o padrão de vida a ser buscado, a capacidade de gastos mensais, a previsão orçamentária para que os objetivos sejam atingidos, entre outros pontos.

Mas saiba, não adianta conversar apenas no começo do processo. É preciso que essa comunicação seja constante.

Pratique a divisão proporcional dos gastos

Dividir as contas da casa meio a meio pode não ser a forma mais justa de separar as contas para cada pessoa.

É preciso entender que o seu companheiro pode estar em outro momento profissional, ou que a sua carreira não remunera tão bem quanto outras.

Se você recebe o dobro do salário do seu parceiro, então o seu impacto nas contas da casa também deve ser em dobro.

Imagine que o seu salário é de R$ 5.000 e o do parceiro, R$ 2.500. Se as contas da casa fecham em R$ 1.500, então você deve contribuir com R$ 1.000, o outro, com R$ 500.

Crie regras para os gastos

É fundamental que exista um orçamento a ser seguido pelos dois. Caso contrário, um pode acabar gastando mais do que deveria, prejudicando toda a estabilidade financeira do casal.

O método 70/30 é um dos mais práticos. Os dois devem se comprometer a gastar no máximo 70% do salário, reservando 30% para os objetivos de curto, médio e longo prazo.

Pense na conta conjunta com cautela

A conta conjunta pode ser a maneira mais comum que os casais encontram para controlar as suas finanças.

No entanto, existe um problema. Ela tira toda a pessoalidade do indivíduo. Ele passa a depender do outro para a tomada de todas as decisões financeiras.

Se optar por ela, prefira que seja com apenas uma parte do patrimônio do casal, de modo que cada um ainda possa resolver os seus próprios desejos de maneira autônoma.

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