Paciência se aprende com os filhos
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A paciência não é um dom. É uma virtude que se aprende. E os filhos são os melhores professores de paciência que existem. Ao impor limites, as crianças testam os nossos próprios limites, irritando-nos da forma que podem para que os limites impostos sejam relaxados. É uma bobagem achar que uma criança é boba, por mais nova que seja. Saiba que ela já tem intelecto igual ou superior ao seu. Ela só não tem experiência, pois o cérebro é como um disco rígido novinho em folha: formatado e vazio.
Impor limites às crianças é algo de extrema importância no aprendizado. Uma criança sem limites, além de inconveniente, é um indivíduo que tenderá a sofrer muito no futuro. Às vezes uma ralhada com o filho pode economizar várias horas no terapeuta nos anos vindouros. As crianças, quando sofrem a imposição dos limites pelos pais, tendem a fazer o que tiverem ao seu alcance para relaxar os limites. E isso inclui o uso de chantagens emocionais que chegam a ser cruéis com os pais. E é nessas horas que os pais precisam ser firmes.
Aqui cabe um parênteses: ser firme é diferente de ser estúpido. Eu já presenciei pais gritando como alucinados com os seus filhos, impondo-lhes um reino de terror. Esses pais precisam rever seus conceitos, pois estão criando indivíduos agressivos. Falar com firmeza à uma criança não é a mesma coisa de falar aos berros. O tom de voz precisa impor autoridade e não ser ouvido pela vizinhança.
A verdade é que há uma troca com os filhos. Eles nos ensinam na mesma intensidade com a qual lhes ensinamos. E a paciência é algo que minha filha tem me ensinado nas últimas semanas, principalmente por conta da evolução da independência que ela tem experimentado. E posso afirmar categoricamente que a paciência é uma virtude muito interessante de ser cativada.