Os três ingredientes da independência financeira.
É desejo de todos alcançar a independência financeira. Para isto precisamos de três ingredientes: dinheiro, rentabilidade e tempo. Os três ingredientes mais a mágica dos juros compostos pode fazer você uma pessoa independente.
O cientista Albert Einstein afirmou que “o juro composto é a maior invenção da humanidade, porque permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza”. Ele estava certo.
Quanto mais de um dos ingredientes você puder fornecer menos dos outros dois precisará. Existem no mercado diversos investimentos disponíveis, alguns com pouquíssimos riscos, já outros altamente arriscados e não aconselhados para investidores não qualificados. Em regra, quanto maior a rentabilidade esperada em um investimento maior o risco envolvido no negócio. O Brasil tem o maior juro real do mundo, o que nos faz ter que pagar taxas altíssimas ao perdermos o controle financeiro e ter que pagar juros no cheque especial ou no cartão de crédito. Porém, por outro lado, este mesmo juro alto joga a favor do investidor aplicado, aquele que é fiel em seus aportes rumo à independência financeira.
Hoje a idade mínima para um homem se aposentar é 65 anos de idade. Um jovem que comece a trabalhar aos 20 anos terá que trabalhar por 45 anos para poder se aposentar pelo INSS. Hoje o teto pago pelo INSS para os aposentados é pouco mais que R$ 3.500,00.
Este mesmo jovem, que tem o ingrediente tempo disponível, poderá poupar e investir um pouquinho por mês para chegar à velhice financeiramente independente. Ele poderá realizar aportes de R$ 100,00 ao mês, durante 45 anos, num investimento conservador que pague uma rentabilidade real de 0,75% ao mês, um CDB, por exemplo. Ao final da longa jornada, ele terá acumulado pouco mais que R$ 746.000,00 (setecentos e quarenta e seis mil reais). Nada mal. Após este período, caso seja desejo do antes jovem e agora senhor parar de trabalhar, ele poderá fazer tranquilamente sem depender do governo. Este valor lhe renderá, só de rentabilidade, cerca de R$ 5.600,00 ao mês.
O grande problema é que temos uma cultura imediatista, queremos que tudo aconteça rapidamente, poucos conseguem realizar aportes mensais ao longo de tantos anos.
Já para alguém que tenha apenas 20 anos pela frente e deseje acumular os mesmos R$ 746.000,00 obtendo a mesma rentabilidade mensal, terá que fazer aportes bem mais polpudos: terá que ter disponível R$ 1.117,00 mensais para investir. Veja como 25 anos a menos, pouco mais da metade do tempo do exemplo anterior, faz necessários aportes onze (11) vezes maior que o anterior. Perceba como o começar cedo é fundamental para se buscar a independência financeira.
O ingrediente rentabilidade é algo difícil de obter. Para você conseguir uma rentabilidade acima 0,8% ao mês terá que correr riscos em seus investimentos e, como a intenção é não perder antes de ganhar, isto eu não aconselho.
O melhor é começar ainda jovem, com aportes mensais pequenos e ir aumentando o valor aportado de forma proporcional ao aumento da renda. Invista, religiosamente, pelo menos 10% de seu salário objetivando sua independência financeira futura. Tenho certeza que o sacrifício de poupar e investir hoje lhe proporcionará uma velhice digna e tranquila, sem ter que depender dos filhos ou netos para lhe sustentar.
Pense nisso e bom domingo.
> > **Caro leitor,** > > > > **Este texto foi originalmente publicado no Jornal Primeira Página de São Carlos no qual eu escrevo uma coluna dominical. Não utilizo os textos que escrevo para o jornal aqui no blog, este é o primeiro. O que seria publicado estava pronto, mas acabei deletando erradamente.** > > > > **Att,** > > > > **Jônatas R. Silva** > >