Olimpíadas de Londres 2012.
Os jogos olímpicos acabaram e faço uma análise do desempenho dos atletas brasileiros. Foram conquistadas 17 medalhas (3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes). Está foi a melhor campanha brasileira em termos quantitativos, o Brasil havia ganhado 15 medalhas, antigo recorde, em duas olimpíadas: Atlanta, 1992 e Pequim, 2008.
As criticas aos atletas são muitas, mas, em minha opinião, a grande maioria injusta. Sim, o Brasil ficou atrás do Cazaquistão, mas também ficou à frente da Suíça. Portanto esta comparação não tem fundamento.
Muitos criticaram antes do início dos jogos o vôlei de quadra brasileiro, tanto o masculino como o feminino. Criticaram, por exemplo, a presença de jogadores veteranos e em condições físicas e técnica duvidosa. Giba e Ricardinho. Quem entende apenas um pouquinho sobre liderança e formação de equipe sabe da importância de profissionais mais experientes para dar suporte aos novatos. E foi esta a principal função destes jogadores, dar apoio psicológico e emocional aos jogadores, hoje melhores técnica e fisicamente, mas sem experiência de decisão. O técnico Bernardinho acertou, como está acertando há 12 anos no comando da seleção. Agora independente disso eu penso ser a ora de mudar o comando técnico, a renovação se faz necessária. O time masculino ganhou 1 ouro e 2 pratas nas três últimas olimpíadas. E ganhou com dignidade, com zelo e amor. O feminino, depois da enxurrada de críticas de oito anos atrás (foram chamadas de amarelonas por perderem um jogo praticamente ganho para a Rússia) ganhou 2 ouros e ganhando agora de forma brilhante das mesmas Russas depois de salvarem 6 match points.
Na maratona três corretores chegaram entre os 12 primeiros. Ganhou medalha no pentatlo moderno, esporte que 99% de nós brasileiros nem sabemos o que é. Ganhamos medalhas no boxe, tanto entre os homens como com uma mulher. O que falar da ginástica olímpica, o que falar de Zanetti. A natação com Cielo e Fratus também merecem parabéns!
Agora que gastamos demais com o esporte eu não tenho dúvida. Mesmo que tivéssemos ganhado o dobro de medalhas, elas não são importantes. O importante é usar o esporte como plano de fundo para a educação e disciplina. O investimento no esporte deve ter como prioridade formar o cidadão, o campeão é consequência. Quando um atleta chega a uma final a pressão é imensa, isto porque ele é um solista, diferente, por exemplo, dos corredores americanos e jamaicanos no atletismo, que em cada final colam 2 ou 3 corredores e assim a pressão por medalhas não fica sobre apenas um atleta.
Volto a dizer: o investimento no esporte deve ser usado para formar cidadãos mais educados e preparados, formar campeões não deve ser o objetivo e sim consequência. Da quantidade se tira a qualidade.
Da seleção de futebol, que na verdade de seleção não tem nada, é mais um amontoado de jogadores, não tinha muito o que esperar. O normal aconteceu. É um time sem vontade, sem garra, sem planejamento e que, portanto sempre joga mal. Não lembro nos últimos anos de um jogo da seleção de futebol que sai contente com a partida. Perder faz parte do esporte, mas perca igual ao vôlei masculino, mostrando dedicação e atitude até a última bola no chão.
O Brasil terminou em 220 colocado, quem dera em educação estivéssemos nesta mesma posição no mundo, mas não, somos apenas 880 segundo a UNESCO.