O trabalhador é custo ou investimento?
Um blog que visito sempre é o blog do Ronaldo Faria Lima, recomendo. Ele publicou um artigo bastante interessante no último sábado com o título: Mercado de trabalho de TI. Ele contou de sua experiência profissional na área de Tecnologia da Informação e, pelo que eu entendi, concluiu que a maioria das organizações vê os funcionários como custos.
Hoje eu atuo mais na área pública, como administrador, e como docente, em cursos técnicos. Mas isso é realidade nos últimos três anos. Já trabalhei alguns anos com seleção e treinamento e sou obrigado a corroborar com o Ronaldo. Foi raras as vezes que vi um empregador ver uma nova contratação ou a realização de um treinamento como investimento. Tudo para eles é custo. Dessa forma querem gastar o mínimo possível e claro, poucas vezes conseguem o resultado esperado.
É complicado uma empresa encontrar uma boa secretária (sem maldade com a frase) pagando um salário mensal de 600,00. O pior é que muitos acham que estão pagando bem ainda. Quando eu falava que com um salário baixo atraíamos apenas candidatas com pouca experiência e baixa qualificação, e que o custo de: recruta, seleciona, contrata e demite alguns meses depois é muito mais alto e ainda desgasta a imagem da empresa, que é mais vantajoso pagar 1.500,00 – não que seja um ótimo salário este, mas já é algo mais digno – e selecionar a pessoa certa da primeira vez, essa idéia nunca era aceita. Sabe por quê? Funcionário é custo e custo deve ser diminuído ao menor valor possível.
O que organizações devem entender?
Que um colaborador bem remunerado é o primeiro passo para a boa produtividade organizacional. Mesmo que ele seja bem qualificado vai sempre querer entregar algo compatível ao que recebe, pouco.
Em segundo lugar um bom ambiente de trabalho é fator preponderante para se desempenhar um bom trabalho. Ergonomia não é frescura, é necessidade. Um clima harmonioso e cordial é desejo de todos e as empresas devem colaborar para a construção deste ambiente.
É claro que existe cada profissional que não dá nem mesmo para chamar de profissional, mas aí é outro caso, assunto para outro post. Abraço.