O dindin para emergências
Você está ciente que pode perder seu emprego amanhã? Deus me livre, vire esta boca pra lá.
O que você fará se isto acontecer?
O tempo médio de recolocação no mercado após ser demitido é de aproximadamente 10 meses. Minha pergunta é: Você tem uma reserva financeira para esse período? A grande maioria dos brasileiros não tem, não economizamos um centavo para emergências.
O seguro desemprego é pago por no máximo seis meses e seu valor é calculado com base nos três últimos salários recebidos pelo trabalhador e, é claro, não é integral.
A recomendação é você ter uma reserva para emergências, te aconselho ter em poupança pelos menos seis vezes seus gastos mensais. Com esse valor, e mais o seguro desemprego, a possibilidade de você e sua família passar alguma necessidade é pequena.
Trabalhadores autônomos devem ter uma quantia ainda maior, as emergências podem ser outras. Nunca se está livre de uma doença ou de sofrer um acidente. Como diz o velho ditado é melhor prevenir do que remediar.
Ah, mas eu sou servidor publico, tenho estabilidade!
Mesmo você tendo estabilidade não está livre de imprevistos. A necessidade de um dinheiro adicional não está descartada. É claro que você poderá fazer um empréstimo, mas se programar não é melhor?
Para profissionais de alto escalão o tempo de recolocação é ainda maior, sendo assim, o ideal, é ter uma reserva maior. Pense numa economia que supra seus gastos mensais de 12 meses. Fique atento que o valor do seguro desemprego para quem ganha acima de 1.403,28 é fixo, seu valor é de apenas 954,21, valor bem abaixo do seu salário e padrão de vida.
Em suma, independente de onde você trabalha e de quanto recebe, o melhor é ter um dindin para emergências.
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