Como se livrar definitivamente das dívidas

Como se livrar definitivamente das dívidas

As famílias estão endividadas. Muitas realmente desejam saldar as dívidas, mas não sabem como e nem por onde começar.

O ideal seria o consumo sempre à vista com a realização de poupança para a compra do produto desejado. Mas a falta de planejamento para consumir aliado ao forte apelo do comércio e incentivo do governo faz as famílias quererem comprar cada vez mais.

Sempre que você pautar seu sucesso nas outras pessoas se frustrará, pois sempre haverá alguém em melhor situação que a sua. Sua referência deve ser você mesmo, a melhoria contínua é o caminho a percorrer.

Financiamentos em parcelas a perder de vista dão às pessoas a sensação de poder. Quem olha, pode julgar, erradamente, que ter significa poder; mas como se é possível adquirir qualquer objeto em dezenas de prestações, o ter não tem, necessariamente, uma relação direta com o poder. Eu posso ter mesmo sem poder.

Acontece que ao olhar a bela casa com um também belo carro na garagem do meu vizinho fico desejoso de também ter. Mas ele realmente possui estes bens, casa e carro, ou são da financeira e ele irá pagar em 30 anos, a casa, e em 5 anos, o carro?

Não se iluda, pois o ostentar de hoje, possivelmente, não é possuir de fato.

Muitos caem nesta armadilha psicológica financeira: compram sem condições de arcar com as parcelas e quando percebem estão com prestações e mais prestações atrasadas. Ostentam casa e carro, mas devem em proporções insustentáveis ao banco.

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O que fazer?

Primeiramente reconhecer a incapacidade de saldar os compromissos assumidos. Anotar todas as dívidas por ordem de importância e seguidas do juro mais elevado.

Elabore um orçamento realista. Faça um diagnóstico do consumo mensal. Não esqueça de reservar um valor para acontecimentos não mensais, mas corriqueiros, que periodicamente acontecem. É um conserto na casa, um remédio para gripe, um presente para um amigo ou familiar que faz aniversário. Estes eventos, um ou outro, consumem recursos praticamente todos os meses.

Tomada estas duas atitudes tente renegociar junto aos credores suas dívidas e juros. Argumente que o juro interbancário está historicamente baixo e lhe conceder um desconto é plausível. Renegocie o valor da parcela, é preferível estender o financiamento e ter valores menores a saldar do que assumir prestações maiores e não conseguir quitá-las no prazo.

Também pense em se desfazer de bens desnecessários. Você realmente precisa de um carro com 4 portas e motor de 2 mil cilindradas? Talvez vender o carro e financiar um modelo popular seja uma decisão inteligente. Esqueça o que os vizinhos vão pensar, eles não pagam suas contas e, possivelmente, também estão endividados.

Também ter um único credor proporciona maior comodidade e facilidade. Tente negociar junto a seu banco uma dívida única, ele salda todos os seus compromissos e você fica apenas devendo a ele.

Mude sua relação com o dinheiro

Tomada estas ações você equacionou sua vida financeira. Parabéns!

Agora é preciso mudar hábitos para não voltar a errar.

Cartão de crédito: dois são suficientes, quando não apenas um. Antes de comprar pense se terá saldo para pagar. Antes de comprar defina também se o produto realmente é necessário ou se simplesmente você está sendo ludibriado por uma vitrine bonita e um vendedor profissional.

Construa uma reserva para emergência. Você deve poupar e investir em uma modalidade que ao menos proteja o dinheiro da inflação quantia suficiente para suprir seus gastos de ao menos 3 meses. Uma emergência pode ser a perda do emprego, a necessidade de uma cirurgia e até mesmo a necessidade de uma viagem inesperada. Todos nós em algum momento da vida temos emergências, o melhor é estar financeiramente preparado para elas.

Adquira mais conhecimento

Se você chegou até aqui está no caminho certo. Mas o que quero aconselhar a você é assumir a responsabilidade por tudo que acontece em sua vida. Suas decisões definem seu futuro. Não espere do governo, dos seus pais ou dos filhos. Muito pelo contrário, pense em deixar esta vida com superávit e não com déficit.

Mudar sua relação com o dinheiro é fundamental e necessária. Elabore uma planilha para controlar seu fluxo de despesas. Se preferir baixe uma que eu elaborei clicando aqui. Customize a planilha ao seu gosto. Crie o bom hábito de anotar cada gasto realizado para nunca perder o controle e ser surpreendido por uma dívida esquecida.

Planeje o mês com no máximo 90% das receitas. Os 10% você deve poupar e investir. Se o seu conhecimento financeiro é limitado comece investindo em educação, compre livros, realize cursos e somente depois de se apropriar do conhecimento invista com segurança e respeitando seu perfil. Não se esqueça de definir objetivos.

Havendo dúvidas pergunte.