Investimento ou gasto? Veja como o Payback pode ajudar a decidir
É ótimo fazer bons investimentos e ver seu patrimônio crescer. Mas é comum que mesmo os mais experientes investidores se enganem e decidam eventualmente fazer uma aplicação duvidosa, reconhecendo o erro somente depois do prejuízo sofrido.
Você sabia que existem estratégias muito boas que podem ajudá-lo a diferenciar um bom investimento de um mau negócio? Uma delas é o chamado Payback.
Confira no post de hoje como ele pode ajudá-lo a decidir na hora de aplicar seu dinheiro!
Finalidade do Payback
O Payback é usado para calcular o período que certo investimento gasta para gerar retorno do capital investido, baseando-se no fluxo de caixa da empresa. Por isso, o Payback também é chamado de “Tempo de Retorno”. Existe um parâmetro para calculá-lo: quanto menor, melhor. Caso o tempo de retorno seja pequeno, por exemplo, isso é positivo, pois garante a elevada taxa de lucro do investimento.
Payback e fluxo de caixa
Só é possível estimar o tempo de retorno do investimento baseando-se no fluxo de caixa. Por isso, é importante que o gestor saiba administrá-lo, tenha controle sobre todas as entradas e saídas de dinheiro e de seus equivalentes (saldos, vales, faturas, duplicatas). O fluxo de caixa saudável oferece equilíbrio entre receitas e despesas. Conforme o consultor da Endeavor, o controle correto do fluxo de caixa envolve os seguintes elementos:
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Inventário (levantamento completo de todas as receitas e despesas);
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Horizonte (é preciso definir um horizonte em relação ao ciclo operacional da empresa);
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Detalhamento (abordagem minuciosa de orçamento, investimentos, plano de negócios);
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Atualização (atualização constante do horizonte);
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Conservadorismo (visão realista do fluxo de caixa, que considera as possíveis perdas);
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Acompanhamento (acompanhamento constante e previsão de eventos, de modo a encontrar as melhores soluções).
Cálculo do Payback
Para calcular investimentos mais simples (valor do investimento mais vários fluxos de caixa equivalentes), pode-se usar a fórmula: T = I / E, onde:
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T = Tempo de retorno;
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I = Investimento;
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E = Fluxo de caixa anual.
Porém, é muito improvável que uma empresa mantenha fluxos de caixa iguais. Nesse caso, é necessária outra fórmula, considerando:
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N (anos em que o valor dos caixas acumulados aproxima-se do investimento inicial);
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Invest X (investimento inicial menos o valor dos caixas aproximados do investimento inicial);
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Tn (último fluxo de caixa).
Payback = N + InvestX / Tn
Exemplificando
Para a fórmula T = I / E, considere um investimento de R$ 200 mil e um fluxo de caixa anual de R$ 70 mil.
T = 200.000 / 70.000, logo T = 4, 082 anos.
Considere que o prazo almejado pelo empreendedor para recuperação do investimento tenha sido de 3 anos. Dessa forma, já que o período é o parâmetro a ser analisado, o investimento não aparece como vantajoso para a empresa.
Utilizando a fórmula para investimentos não uniformes, considere o exemplo: uma empresa pretende investir R$ 150 mil na expectativa de, em 5 anos, recuperar o capital investido. O valor do fluxo de caixa, nesse período, apresenta os seguintes valores:
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Ano 1: R$ 50.000,00;
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Ano 2: R$ 70.000,00;
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Ano 3: R$ 80.000,00;
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Ano 4: R$ 150.000,00;
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Ano 5: R$ 90.000,00.
Tem-se, então, que o Payback terá os seguintes valores:
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N = 2 anos (anos 1 e 2);
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InvestX = 150.000 - 120.000 (50.000 + 70.000, valor aproximado do investimento);
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Tn = 90.000 (último fluxo de caixa).
Payback = 2 + 150.000 – 120.000 / 90.000
Payback = 2 + 30.000 / 90.000
Payback = 2 + 0,3
Payback = 2,3 anos.
Nesse caso, o investimento é viável, pois em apenas 2,3 anos, o capital investido será recuperado.
E você, já conhecia ou já utilizou o Payback para avaliar seus investimentos? Para receber mais novidades, assine a nossa newsletter!