Ideb e a educação brasileira
Ontem o MEC divulgou dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Presidente Lula em seu programa semanal – Café com o Presidente – destacou o crescimento acima da meta estipulada pelo governo.
A proposta do governo era de 4,2 e o índice chegou a 4,6. O Sr. Lula usou a expressão: “crescimento fantástico da educação”. Menos Sr. Presidente, bem menos. A educação brasileira é pífia, somos um povo analfabeto. Os 4,6 são apenas dos alunos de 1ª a 4ª série.
O Ideb leva em conta dois fatores: rendimento escolar e a média na chamada Prova Brasil.
O rendimento é analisado através de aprovação, reprovação e abandono. Agora me responda: quem reprova em uma escola pública nos dias de hoje? Já para continuar recebendo as bolsas assistenciais do governo (que fique claro aqui que não sou contra elas) o aluno deve frequentar as aulas, sendo assim o abandono tende a uma diminuição.
Já a chamada Prova Brasil é realizada anualmente, e professores de alunos com bom desempenho recebem um bônus salarial. Vou falar baixinho, mas sei de casos de professores que passam “cola” para os alunos irem bem na avaliação para poderem receber o bônus.
Os alunos do Sul e Sudeste foram melhores nas provas que os do Norte e Nordeste, algo óbvio também.
A meta do governo para 2021 é 6,0, média dos países desenvolvidos.
Minha opinião:
Esses índices são falsos e destorcidos, digamos, manipulados de forma legal.
A educação no Brasil não é levada a sério, nem pelo governo e muito menos por nós cidadãos.
A tendência não é de melhora, pelo menos no curto e médio prazo.
Para encerrar deixo claro que na última eleição votei em primeiro turno no Senador Cristovão Buarque, não que eu o amava de paixão, mas simplesmente porque era o único candidato que tinha como prioridade em suas propostas o investimento em educação.
Outra coisa que deixo claro é que, em minha opinião, o governo Lula faz um bom governo.