Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Na madrugada de quinta para sexta-feira aconteceu a pré-estreia da adaptação do sétimo livro do best-seller Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Eu li os dois primeiros livros da série por obrigação. Eu explico. Isso aconteceu no início da década, eu lecionava para adolescentes e a história do menino bruxo despertava um frenesi entre meus alunos. Como acredito que um bom professor deve entender os valores que norteiam o pensamento de seus alunos, li os dois primeiros livros e mais um livro escrito por um padre criticando o mundo bruxo. Minha ideia era formular uma opinião para argumentar com alunos e pais de alunos se necessário.
Depois acabei lendo os demais livros….. 3,4,5,6 …… e assim como a grande maioria dos fãs aguardei com ansiedade o sétimo e último livro da série.
Os livros são ótimos, a autora J. K. Rowling é fantástica. A riqueza psicológica de cada personagem é impressionante, a continuidade da história ao longo dos 7 livros é magnifica e o mundo criado por ela é fascinante.
Não tem como ler Harry Potter e não admirar o talento de Rowling. Não tem como não ficar viciado numa história tão bem articulada e pensada em detalhes.
Agora o que me assusta é como algumas pessoas extrapolam. Como deixam de ser racionais e deixam a emoção tomar conta de tal forma que fazem coisas no mínimo curiosas. Na pré-estreia que deveria começar a meia-noite, aqui na minha cidade, tinha gente na fila desde as 20 horas. Detalhe, pessoas que nem mesmo leram os livros.
Acontecem coisas absurdas. Por exemplo, uma jornalista que tatuou no punho as relíquias da morte narradas no livro.
Eu ainda não vi o filme. O que fiz na última semana foi reler o livro 7 para relembrar a história. Sim, sou fã do bruxinho e logo os cinemas fiquem menos cheios irei assistir. Só não sou maluco, nem pelo Harry Potter e nem por coisa alguma.
O fanatismo nunca é saudável, é sempre maléfico e devemos ter cuidado com ele.