Fechamento 2012
Mais um ano vai chegando ao fim. Ano este tumultuado no cenário econômico e no mercado financeiro brasileiro.
A bolsa de valores até a última sexta-feira teve uma valorização nominal de 7,49%. Seu principal índice, o IBOV, fechou 2011 aos 56.754 pontos e no último pregão a cotação encerrou aos 61.007 pontos.
A taxa básica de juro da economia fecha 2012 a 7,25%. Seu menor valor histórico.
A regra de remuneração da caderneta de poupança mudou.
O Estado se agigantou com várias medidas intervencionistas. O governo forçou a diminuição do spread bancário, favoreceu alguns setores da indústria com redução de impostos, impediu demissões, forçou empresas de fornecimento de energia a reduzir o preço para 2013 e fez as ações delas perderem mais de 50% de valor de mercado. Estas que eram tidas como protetoras e boas pagadoras de dividendos. Muitos investidores estão malucos com estas medidas que levaram suas carteiras a bancarrota.
Nosso câmbio apesar de receber o nome de flutuante é fixo. O ministério da Fazenda não sabe o que fazer com ele e assim lança medidas, ora para valorizar o Real frente ao dólar, ora para desvalorizá-lo.
As tarifas de importação foram aumentadas e nos tornamos menos globalizados. Um protecionismo difícil de entender.
O trabalhador brasileiro continua desqualificado. É notória a incapacidade técnica e conceitual tornando-se impossível ser competitivo, diminuir custos e aumentar a margem de lucro com a agregação de valor. Mas, ao invés de investimento e incentivo à qualificação a ênfase está no consumo sustentado pelo crédito.
A base monetária foi ampliada e, claro, com isto a inflação subiu.
O PIB apresentou crescimento pífio, muito aquém do previsto pelo governo.
Conclusão
Com tantas intervenções do governo e um forte protecionismo, escolher ações para compor a carteira de investimento é arriscado. Continuo defendendo o investimento passivo através dos fundos de índices, os ETFs.
A década de 1980 provou que um governo é incapaz de controlar o mercado. Mas, parece que a lição não foi aprendida e estamos cometendo o mesmo erro.
Férias
O blog entra em recesso e volta a publicar novo artigo no dia 08/janeiro.
Notícia
Em janeiro, ou em fevereiro, lançarei meu livro. Método para a Educação Financeira: da Sensibilização à Ação. É um livro físico e está em fase final de edição e impressão na editora.
Obrigado por mais um ano juntos.
Boas festas.
Grande abraço!
Se a economia internacional se comportar adequadamente, nós podemos tentar buscar 5%. Se a economia internacional se agravar, então nós podemos ter 4%. Quatro por cento é o mínimo. Cinco por cento é o padrão, teto. Portanto, 4,5% é o centro.
Ministro Guido Mantega em abril de 2012