Estratégia com ações: Só compre na baixa.
Que investir em ações é uma excelente alternativa para quem tem como foco o longo prazo nos investimentos é consenso. Só que já faz quatro (4) anos que a bolsa de valores é mau negócio.
Fazer aportes mensais religiosamente não é fácil, ainda mais em períodos de incerteza e turbulência e, desde 2008, o momento mundial é de fraco crescimento econômico e muitas incertezas.
A grande maioria dos pequenos investidores possui conta em uma corretora que os isente da nada agradável taxa de custódia. E como muitas corretoras isentam os clientes que realizam ao menos uma operação no mês, muitos procuram realizar ao menos uma negociação para ficarem isentos.
O problema é que alguns desejam manter ações em custodia, mas em períodos de incerteza preferem não continuar a fazer aportes. Só que deixar de fazer aportes e pagar os 6,90 de custódia não é o cenário ideal. O ideal seria poder manter a posição atual e não ter que pagar custódia alguma.
É ponto pacífico que uma parte de suas receitas mensais deve ser destinada a investimentos. Não necessariamente em bolsa de valores, mas investir o dinheiro é necessário. Nos últimos anos a volatilidade da bolsa tem sido constante, e como para o investidor de longo prazo comprar na baixa é sempre o melhor, poder manter o dinheiro num investimento com liquidez diária e que pague algo não menor que 0,7% ao mês depois do imposto de renda, e com a possibilidade de transferir de imediato tais valores para uma corretora e aproveitar as liquidações que sempre acontecem no mercado acionário é magnífico.
Agora como fazer isto?
A única corretora que isenta seus clientes da taxa de custódia, independente dele realizar ou não operação durante o mês, é a ICap. A taxa de corretam cobrada por eles também é das mais baixas, cinco (5) reais tanto no lote padrão como na fracionado.
Temos então uma boa opção de corretora. Você poderá ter ações custodiadas com eles, operar somente quando quiser e não pagar taxa alguma. É claro, pagará corretagem ao vender e comprar ações, ETFs e FIIs.
Pelo que tenho percebido conseguir DOC/TED gratuitos junto às instituições bancárias não tem sido grande problema. Tanto o Banco do Brasil como o Itaú oferecem contas correntes gratuitas com estes serviços inclusos. Eu tenho conta no Santander e também tenho direito a quatro (4) DOC/TED incluídos no meu pacote de serviços.
Com conta corrente em algum grande banco você pode negociar um CDB com liquidez diária e uma rentabilidade satisfatória. A rentabilidade dependerá do valor aportado. Aí você realiza aportes mensais no CDB e quando a bolsa de valores estiver em queda, realiza a transferência para a conta da corretora e compra ações/ETFs.
A estratégia que estou propondo é de negociar títulos em bolsa somente quando a oferta for boa. Enquanto a boa oferta não aparece vai se acumulando o valor destinado aos investimentos em renda fixa em seu próprio banco.
Veja bem, estou somente falando do valor destinado ao investimento em renda variável. Uma boa estratégia de alocação possui os ovos distribuídos em várias cestas, estou apenas falando do ovo “ação”. Uma negociação junto ao banco de um CDB com menor liquidez proporciona maior rentabilidade. Nada lhe impede de ter um CDB com a parte de seus investimentos destinados a renda fixa com liquidez somente no vencimento. Tudo é uma questão de estratégia.
Uma boa distribuição de seus recursos em vários ativos diferentes minimiza o risco e aumenta as chances de ganho. As estratégias são diversas, você pode começar clonando a de alguém e ir adaptando-a a sua realidade. Não esqueça que não existe a melhor estratégia, existem estratégias diferentes para atender perfis diferentes para pessoas com propensões ao risco também diferentes.
Alguns gostam de diversificar ao máximo: ações, fundos imobiliários, ouro, moeda, CDB, título público, etc. Outros são totalmente agressivos e investem somente em ações. Eu defendo que a dupla ETF e Tesouro Direto já proporciona uma diversificação bastante satisfatória e que se mostra suficiente para a maioria dos investidores. Mas para você saber tudo sobre alocação de ativos leia o excelente HC Investimentos editado pelo meu amigo Henrique. Ele é autoridade no assunto.
Boa quinta-feira!