Escolhendo uma corretora para operar na bolsa de valores
A primeira decisão a ser tomada ao se pensar em investir de forma mais contundente é na escolha da corretora. São tantas que existem que ficamos na dúvida em qual escolher. Posso começar afirmando que investir pela corretora do seu banco não é bom negócio, em geral, elas cobram taxa de custódia altíssima. A corretora do meu banco cobra R$ 30,00.
Para quem não se lembra o que é a taxa de custódia, relembro copiando abaixo trecho de um artigo escrito há alguns meses:
> > Essa taxa se refere à cobrança pela “guarda” e registro das ações em nome do cliente realizado pela corretora e pela BOVESPA. Algumas corretoras isentam seus clientes da taxa de custódia. A taxa de custódia é cobrada mensalmente. > >
A abertura de uma conta investimento numa corretora é muito simples e semelhante à abertura de uma conta corrente num banco qualquer. Você preenche uma ficha onde informa algumas informações pessoais, mais o valor da sua renda mensal e de onde ela provém. Só isso. As corretoras disponibilizam a ficha de cadastro em seus próprios sites, basta imprimi-las, respondê-las, anexar cópia simples dos documentos pessoais e comprovantes de rendimentos e enviar via correio, ou mesmo virtualmente, à corretora. Depois de aberta a conta você recebe um nome de usuário e uma senha para poder começar a operar.
Para manter uma conta aberta não há custos. Os custos são cobrados apenas quando você mantém ações (custódia) e nas operações de compra e venda delas.
A vantagem de se ter uma conta junto a uma corretora é que você recebe gratuitamente as informações dos analistas. Informações que podem lhe ajudar, e muito, na decisão de compra e venda de um papel.
Uma corretora obtém seu lucro através da cobrança das taxas de custódia e corretagem:
> > Corretagem é a taxa cobrada pela corretora para executar suas ordens de compra ou venda de ações. A BOVESPA sugere uma tabela, mas as taxas cobradas variam de corretora para corretora. > >
Um dos principais fatores que você deve observar ao escolher uma corretora são os custos. Não aceite taxa de custódia acima de 6 reais mensais e caso opere mensalmente exija isenção total da taxa.
Observe também os custos de corretagem, a tabela padrão Bovespa não costuma ser vantagem, sendo apenas vantajosa para quem opera valores baixos, até 200 reais. A melhor escolha são corretoras que cobram taxa fixa por ordem executada. Os valores variam de 5 a 25 reais. Aconselho você não aceitar valores acima de 10 reais.
Agora listo mais alguns fatores importantes na decisão de qual corretora você deve escolher para ser sua amiga:
Qualidade do homebroker. Ele deve ser didático e de fácil aprendizado;
Análises gráficas e fundamentalistas enviadas aos clientes periodicamente. Escolha uma corretora que lhe envie informações de seu interesse com frequência;
Treinamento e cursos oferecidos. Se você mora numa grande cidade há corretoras que oferecem regularmente cursos gratuitos ou com preços diferenciados a seus clientes. A frequência e qualidade dos cursos oferecidos é fator importante na escolha;
Qualidade do atendimento ao telefone, e-mail e chat. Dúvidas vão surgir e a forma que você será atendido é fundamental. Pesquise o que os clientes dizem sobre esses aspectos;
Se a corretora também opera no Tesouro Direto e a taxa de custódia cobrada. Valores acima de 0,5% ao ano são inaceitáveis. O ideal é não haver cobrança;
Se a corretora indica mensalmente uma carteira recomendada e explicando o porquê das decisões;
Ela possui conta no mesmo banco que você tem conta corrente? Caso afirmativo você poderá realizar a transferência de valores entre contas correntes via home banking ao invés de um DOC, tendo assim um menor custo operacional;
E por último, se há ajuda no cálculo do IR, no preenchimento do DARF.
Esses são serviços que considero fundamentais a uma boa corretora. Talvez você não encontre todos eles numa única corretora, mas você pode abrir conta em duas corretoras diferentes, talvez uma para a compra e venda de ações e outra para o Tesouro Direto. Boa escolha.