Diferentes formas de ensino e aprendizado.
Você já parou para pensar que pessoas diferentes aprendem de maneiras diferentes? É até meio óbvio isso. Mas se sabemos disso, porque as formas de aprendizado são engessadas? Desde as escolas tradicionais até os treinamentos organizacionais, tudo é sistematizado de um jeito único, como se todos aprendessem daquela maneira.
A melhor maneira de aprender é usando um método que se adeque ao seu estilo de aprendizagem.
Alguns aprendem através da vivência, de experiências reais. Outros já são reflexivos, preferem ler e raciocinar e assim aprendem. Tem aqueles que gostam de modelos, são teóricos, precisam da validação do que é ensinado para fazer sentido. Existem aqueles que gostam de tentar, errar, tentar novamente, errar novamente e assim se constrói o aprendizado.
Tem pessoas que são ouvintes, outras visuais. Umas só escutam, outras precisam falar.
Na grande maioria das vezes nem o próprio aprendiz conhece a melhor maneira que ele aprende. Ele costuma apenas amar algumas aulas ou treinamentos e odiar a outros. Na verdade ele acaba amando quando a metodologia usada vai ao encontro da que lhe é favorável.
Não posso deixar de enfatizar as vezes que o professor é ruim mesmo, seja por falta de didática ou de competência. Quando ambos estão unidos ninguém aguenta.
Os cursos formais de educação com reconhecimento do ministério da educação exigem presença de ao menos 75% do aluno nas aulas. Como as formas de aprendizado são distintas é justo exigir presença? Não seria mais justo uma avaliação de competência onde o estudante sendo aprovado, independente de ter tido presença nas aulas, ele faria jus ao título?
Mas aí teríamos outro problema. Como seria esta avaliação? Escrita, oral, prática? Uma mescla de tudo? Afinal alguns se expressam melhor de uma ou outra forma.
Tenho observado que alguns alunos chegam a ficar pálidos só em pensar que tem que apresentar um trabalho a toda uma sala, porém são ótimos ao se expressarem numa conversa informal. Alguns são claros ao escreverem, são capazes de sintetizar grandes textos em pequenos parágrafos sendo objetivos e diretos. Outros até gostam de falar, mas são tão prolixos que ao final da fala ninguém entendeu nada.
Em resumo, somos todos diferentes e infelizmente a metodologia de ensino é a mesma desde sempre. Ela precisa ser mudada, repensada. Faz-se necessário a criação de formas de ensino e aprendizado alternativas que consigam abranger as diversas maneiras que aprendemos.