Crescimento econômico não é desenvolvimento

O Brasil não vai bem. Perdemos a chance de fomentar um desenvolvimento sustentável verdadeiro e tomamos a decisão de crescer artificialmente através do aumento da base monetária (e consequentemente da inflação de preços) e aumento da dívida interna. Isto porque o governo distribui dinheiro inflacionado para pobres e ricos. Ser amigo do poder executivo é ter financiamento a juro negativo através do BNDES. É você e eu, através dos nossos impostos, pagando para empresário não quebrar. O correto seria empresas não competitivas falirem, mas não, o Estado não deseja isso e banca o pouco competente empresário. Alega que falências geram desempregos e crises sistêmicas. É verdade. Mas o remédio sempre é amargo. Temos que pagar o preço da nossa incompetência histórica.

O Brasil desde que é Brasil é errado. Dom João VI chegou e logo fundou um banco para nos endividar. Nossa independência nos endividou mais um pouco, pois assumimos os custos da guerra com Portugal. Nossa proclamação da república foi um golpe militar. Getúlio Vargas e JK nos endividaram ainda mais. Sarney é Sarney e está aí até hoje. Tudo, definitivamente tudo, errado.

Hoje se confunde crescimento econômico com desenvolvimento. Coisas distintas. O Pib é uma medida de crescimento, e crescer não significa melhorar.

Como em todo mês de janeiro algumas cidades sofreram com chuvas intensas e famílias foram desabrigadas ou desalojadas. A chuva literalmente destruiu alguns bairros. Mas a vida continua. Os lugares terão que ser reconstruídos. O gasto para a reconstrução elevará significativamente o Pib, e ao olhar simplesmente dados estatísticos os números mostrarão que o local apresentou forte crescimento econômico, o que, teoricamente, é bom; quando na verdade sabemos que a vida das pessoas não melhorou em nada, muito pelo contrário, ela piorou.

O desenvolvimento (idh) é medido por três critérios: expectativa de vida (saúde), educação e renda (per capita). Longe de ser um bom índice para avaliar um país, mas melhor que o Pib eu não tenho dúvida.

Toda mudança significativa e duradoura é pautada em educação. Somente um cidadão educado é capaz de realizar mudanças.

Bolsas assistencialistas sem uma porta de saída se tornam esmolas eternas. O governo comemora o crescimento das famílias assistidas quando deveria lamentar. A comemoração deve ocorrer quando uma família conseguir caminhar com as próprias pernas deixando de precisar da assistência estatal.

O governo vende um país que não existe (nem no fórum econômico em Davos acreditaram em nossa presidente). O baixo número de desemprego não é porque as pessoas estão empregadas, mas sim porque elas deixaram de procurar uma posição no mercado de trabalho. Elas desistem por serem pouco qualificadas. O mercado necessidade de profissionais qualificados e que façam a diferença. O Brasileiro recebe em média 4 vezes menos que um americano, mas também somos 4 vezes menos produtivos. Ou seja, recebemos o que merecemos.

Ai vem aquele blá blá blá que as empresas exploram o trabalhador. Balela. Salário é qualificação requerida versus oferta e demanda. Quem tem o poder dita as regras. Trabalhadores de baixa capacidade técnica estarão à mercê das empresas. Profissionais diferenciados escolhem onde desejam trabalhar e fazem exigências. Empresas não descriminam ninguém, apenas contratam aqueles que lhes proporcione lucro. Se ela pode pagar menos porque iria pagar mais? Não tem lógica isso. O único que faz caridade é o governo. E isto porque faz uso do dinheiro dos outros (impostos). Você se recebesse uma proposta de outra empresa lhe pagando o dobro do que ganha hoje iria sem pestanejar. Sabe por quê? Por que você é capitalista tão igual quanto qualquer empresário. As pessoas só defendem o socialismo quanto estão do lado que irão receber sem produzir, quando terão que entregar o que produziram se tornam rapidamente capitalistas.

O governo deve incentivar e proporcionar meios para o brasileiro se qualificar e não criticar o capitalista, pois sem este a situação do trabalhador seria ainda pior. O desemprego.

A vida não é bela se você não torná-la bela. O mundo não liga para o seu sofrimento. Ele gira sem se importar com sua vida. Ao contrário do que pensamos não somos o centro. Somos apenas mais um ser vivo tentando sobreviver neste planeta. O governo fala em distribuição de renda, em ajuda aos menos favorecidos e outras muitas bobagens socialistas quanto ele mesmo gasta absurdos em hotéis e restaurante e ainda faz doações do nosso dinheiro para um governo ditador. Um governo que mantém seus cidadãos escravos não permitindo a saída deles do país não deveria ter atenção alguma do nosso governo. Afirmamos ser democráticos e defensores da liberdade do indivíduo e fazemos conluios com governos tiranos.

Sabe, discurso e prática, obrigatoriamente, devem caminhar lado a lado. Quando isso não acontece é engodo.

Não existe melhora da condição de vida sem sacrifício. Não vamos nos desenvolver enquanto gastarmos em excesso e continuarmos pagando juros.

Toda mudança é árdua e exige sacrifício. O governo prega melhoria sem austeridade no presente. Adoraria que isso fosse possível, mas não é.

A verdade é que se você enquanto cidadão, ou o Brasil como um país, deseja mudanças significativas, sustentáveis e duradouras; precisa demover algo hoje. Não se troca o pneu do carro com ele andando. Você pode andar com ele furado, vai andar mais lento e fodendo com todo o carro. Definitivamente não é a atitude mais inteligente. Mas você pode parar o carro para trocar o pneu. Irá gastar um tempo parado, e aquele que preferiu andar com o pneu furado irá ultrapassá-lo. Mas depois com pneus bons você andará muito mais rápido e rapidamente irá ultrapassar aquele que só pensou no presente e seguiu com o pneu furado. Aí ele irá reclamar de como o mundo é injusto e porque você que está com o carro perfeito não o ajuda.

Abraço!