Como fazer um fluxo de caixa
Fundamental para qualquer empresa, especialmente para os micro e pequenos empreendedores e até para pessoas físicas, o fluxo de caixa é, em resumo, o registro de todas as entradas e saídas financeiras de um negócio. O objetivo de fazê-lo é fornecer informações detalhadas sobre as quantias quem entram e saem para, assim, ter a melhor noção de como está a situação das finanças e tomar ações que tragam melhorias. Ter o real controle sobre esses valores ajuda o empreendedor a se antecipar a problemas e sair bem de situações que poderiam colocar a vida da empresa em risco.
Mas esse controle pode ser uma tarefa difícil, e causar receios à primeira vista. Erros cometidos nessa atividade podem gerar grandes dores de cabeça no futuro. Por isso, é necessária muita atenção e disciplina para não ter nenhum problema.
Leia essas dicas que vão ajudar você a fazer um bom fluxo de caixa e ter muito mais controle sobre os seus negócios.
Se dedique ao registro dos dados
Para ter um bom fluxo de caixa, é preciso antes esmiuçar quais as atividades da empresa que deverão ser registradas. Registre o saldo inicial do negócio, ou seja, o dinheiro disponível em caixa; as entradas de caixa, referentes a vendas à vista ou outros recebimentos, por exemplo. As saídas de caixa, que são os pagamentos feitos pela empresa; e, com base nisso, calcule seu saldo operacional (o número das entradas de caixa menos o da saída) e, por fim, o saldo final do caixa da sua empresa, que é a diferença entre o saldo inicial e o saldo operacional.
É bom lembrar que, se o saldo for negativo, isso não representa necessariamente prejuízo, mas é importante verificar se isso ocorre com muita regularidade. Caso aconteça, é preciso entender por que.
Para ter esses números, é fundamental ter disciplina e atenção para não deixar nada escapar. Não deixe de marcar nenhum dado, e utilize sempre os números reais e exatos das operações, assim cada centavo estará controlado. Você pode estabelecer esse controle de maneira diária, mensal, semanal ou mesmo anual. Quando mais focado, mais controlado. Mas deve haver sempre muita organização para que nenhum número seja registrado errado.
Tenha todas as informações da empresa
É muito importante também ter relacionados os dados não apenas de entrada e saída de dinheiro, mas também sobre estoque ou outras áreas que impactam, de alguma forma, na parte financeira do negócio, sem que tenham necessariamente relação diária com entrada e saída de dinheiro.
Se você souber qual o valor do seu estoque, por exemplo, poderá ter noção se é melhor realizar uma queima ou se é preciso aumentá-lo. O estoque é capital, então, apesar de não ser incluído no fluxo de caixa nos momentos em que não é atingido, ele pode ser considerado para ajudar o fluxo de caixa da empresa.
Faça projeções
Ao ter noção de quanto entra e quanto sai da empresa, e em que períodos isso ocorre, o empreendedor pode começar a fazer projeções relacionadas a ganhos ou perdas. Com isso, ele pode tomar decisões que aumentarão os lucros ou se prevenir para momentos complicados.
Essas projeções devem ser realistas, mas não podem ser consideradas como realidade. Assim, tenha em mente que são estimativas, e que algo diferente poderá acontecer e, por isso, é preciso estar preparado. Valores a receber parcelados podem entrar nessas projeções, por exemplo. Mas, se não forem pagos, é preciso agir, de forma que não se dependa de nenhuma projeção.
Use sistemas de gestão financeira
Os sistemas de gestão financeira são muito mais eficazes do que papel e caneta ou planilhas simples. Eles têm segurança, praticidade e podem oferecer uma gama de serviços, como a integração de setores e até alertas. Essas funcionalidades, com certeza, ajudam o empreendedor a ter mais controle sobre o fluxo de caixa, possibilitando o cumprimento da atividade de maneira eficiente.