Cheque sem fundo e a importância da reserva de emergência.
Pelo terceiro mês seguido houve aumento no número de cheques devolvidos por falta de fundo. No mês de março 2,13% dos cheques não foram compensados por falta de saldo em conta corrente segundo a Serasa.
Teoricamente o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Teoricamente, porque na prática ele é usado como nota promissória, ou seja, uma ordem de pagamento no futuro. São os tão conhecidos cheques pré-datados.
Penso eu que a maioria dos cheques devolvidos sejam exatamente estes cheques pré-datados. Dívidas parceladas em cheque que o lojista depositou e o banco devolveu por não haver saldo suficiente. Também acredito que o consumidor tinha intenção real de pagar a dívida quando emitiu o cheque, mas, como não possuía uma reserva para emergências, e provavelmente comprou por impulso, sem certeza real de como iria pagar a conta, e algum contratempo aconteceu entre a compra e a data da quitação da dívida, ele ficou sem saldo e o cheque voltou.
Por isso que é de suma importância que todo cidadão tenha uma reserva de emergência. Quando tudo der errado ele não fica no vermelho e tem de onde tirar dinheiro. É para isso que serve a reserva. Mas, como bem sabemos, poucos, bem poucos, possuem tal reserva.
Um grande erro que percebo que muitos cometem é se esquecerem dos imprevistos. É um remédio que não estava programado, é um presente para um amigo que aniversariou ou mesmo a “vaquinha” no escritório para a compra de alguma coisa. Por isso da importância de se separar uma parte da renda para estes pequenos imprevistos que mês sim mês não surgem. E aqui não confundir esta pequena reserva para imprevistos com a reserva para emergências, com o chamado colchão de segurança. Entendo eu que está reserva é para imprevistos reais e não corriqueiros: a perda do emprego, o conserto do carro que você bateu, uma operação de emergência. São problemas bem pontuais.
Veja que usei ao longo do texto a expressão reserva de emergências para dois casos distintos. A reserva de emergências intitulada por muitos como colchão de segurança. Esta deve ser suficiente para cobrir pelo menos 3 meses de seus gastos mensais, o ideal é ter uma reserva para pelo menos 6 meses. Já a outra reserva é para pequenos imprevistos, são imprevistos pequenos, mas que acontecem com frequência. Em resumo, você deve sempre deixar uma notinha na carteira porque pode precisar dela.
Ainda defendo a reserva para emergências positivas, uma oportunidade que possa surgir e que você precise de dinheiro. Já escrevi sobre isso, caso queira ler o texto, basta clicar aqui.
Como você pôde notar, emergências sempre surgem, portanto esteja preparado.