As 4 Revoluções Industriais
Numa análise particular enxergo 4 grandes Revoluções Industriais na história da humanidade moderna. As duas primeiras são clássicas e se encontram em qualquer livro de história.
A primeira Revolução Industrial aconteceu com a descoberta do ferro e do carvão. Com isso estradas de ferro foram construídas e o trem foi inventado. O conceito transporte talvez tenha ganhado outro significado e esta primeira Revolução Industrial marcou o mundo.
A segunda Revolução Industrial marca a descoberta da energia elétrica e do uso do petróleo como combustível. Não é nem necessário dizer o impacto que tais descobertas trouxeram ao mundo em diversos aspectos. Não é possível se pensar em demais avanços sem falar em energia e combustível.
Já a terceira Revolução Industrial é mais recente. É a revolução tecnológica. A Internet, e principalmente a WWW, globalizou o mundo. Muito antes já se falava em globalização, mas percebo que a verdadeira globalização aconteceu com os avanços tecnológicos que ligaram os países, e com o uso da Internet excluiu, ou pelo menos mudou, o conceito de distância. Esta nova revolução ainda está em processo e nem ao menos aprendemos a lidar com ela. Empresas podem ao mesmo tempo serem concorrentes e parceiras; é uma simbiose difícil de entender e impossível de conceituar. A informação se torna coletiva. Ela pertence e está disponível a todos. Ter informação não significa nada, na verdade o excesso de informação é um problema. Profissionais da área de Ciência da Informação buscam diariamente a criação de softwares indexadores de conteúdo para busca e recuperação da informação. Nós leigos, não temos noção da complexidade que é a busca e recuperação de uma informação num simples sistema organizacional.
Um problema linguístico surge; e como resolver este problema é outro problema. Não vou entrar no mérito porque não tenho competência para isto, mas veja apenas um pequeno exemplo: se você digitar a palavra “gol” num site de busca, o Google, por exemplo. Gol pode representar tanta coisa: pode ser um carro, uma companhia área, pode estar ligada ao futebol e assim vai. Viu como é complexo!? Não duvido que logo-logo os buscadores saberão a que “gol” eu me refiro sem eu precisar dizer. Como? Não sei, mas se tratando de tecnologia eu não duvido de nada.
Nesta terceira Revolução Industrial organizações, e os profissionais que trabalham dentro das organizações, precisam saber lidar com a informação disponível. Devem saber separar o que é relevante do que não é. Devem ser capazes de tomar a decisão de forma rápida. Não existe presente, existe apenas passado e futuro. O presente é apenas um rápido momento onde o que era futuro virou passado. Organizações devem pensar sempre à frente, pensar o hoje é na verdade estar atrasado, estar no passado.
As mídias sociais não podem ser ignoradas, as ferramentas que permitem a criação de redes sociais online muito menos. Se você ou sua empresa ainda não utiliza o facebook e o twitter, cuidado, vocês estão muito atrasados.
Agora, o engraçado é que a terceira Revolução Industrial ainda está sendo construída e já temos uma quarta Revolução Industrial.
Chamo a quarta Revolução Industrial da revolução do conhecimento e da comunicação. Conhecimento é algo muito mais complexo que informação. Informação não leva organizações e nem profissionais a terem vantagem competitiva, mas conhecimento sim. Como já falei a informação é democrática, está aí para quem quiser. Agora, conhecimento é algo mais denso, muito mais difícil de obter. Conhecimento é construído, e a construção de conhecimento é tarefa árdua, levam-se anos, décadas. Comunicação é outro grande problema, a tecnologia nos liga, mas não comunica. Organizações padecem por falta de comunicação eficaz, de uma comunicação sem ruído. Com a velocidade que as coisas acontecem parece que não há tempo de se comunicar com eficiência.
Conhecimento e comunicação é a quarta Revolução Industrial. Sobreviverão as organizações que tiverem conhecimento diferenciado, conhecimento de marketing, logística, administração e demais áreas funcionais. Além disso, tudo deve comunicar de forma simples, objetiva e sem excesso, pois este excesso pode ser o erro. Profissionais da mesma forma devem ter amplo conhecimento, ser bom não basta mais, tem que ser diferente, tem que agregar conhecimento à estrutura da organização.
O texto já ficou longo, paro por aqui. O assunto é complexo e tentei ser simples, mesmo se tratando de um tema que precisa ser muito bem articulado. Também deixo claro que tudo aqui é uma visão particular, onde você pode é claro discordar totalmente, parcialmente ou até mesmo concordar com o que escrevi.