A importância das competências individuais e do marketing para a organização
Há mais de duas décadas se fala sobre as competências essenciais de uma organização para manter-se competitiva. Os fatores críticos de sucesso. O que pouco se fala é sobre as competências do indivíduo. Organizações nada mais são que indivíduos trabalhando coletivamente para alcançar objetivos definidos. Uma organização que tenha profissionais competentes, em teoria, será competente.
Mas indivíduos competentes podem formar uma equipe incompetente?
A resposta é sim. Uma equipe competente é heterogênea e não homogênea. Deve possuir indivíduos diferentes, com valores e prioridades diferentes, de forma a gerar conflito e consequente sinergia.
Deixa-me explicar melhor o que quis dizer. Quando todos os membros de uma equipe pensam de forma igual nunca há divergências. Um fala e todos os demais concordam. Isto não é bom para a organização porque não a faz crescer. Quando uma equipe possui membros com ideias divergentes, estas ideias se conflitam constantemente, e do conflito surgem novas ideias. Se não houver conflito, não há evolução. O conflito gera sinergia.
Um grande erro de muitos gestores é contratar profissionais com características semelhantes as suas. Na vida em geral, os relacionamentos acontecem por interesses comuns. Relacionamo-nos com pessoas que pensam igual ou bem próximo a nós. Na vida organizacional esta não é a melhor escolha. Um gestor ao contratar, deve buscar profissionais com competências individuais diferentes das dos demais membros da equipe. Diversificar é o correto.
Uma organização só sobrevive enquanto útil a uma sociedade. Ela existe apenas para servir a sociedade. Em nada adiantará uma organização contratar as melhores cabeças se ela comercializar um produto que a sociedade não deseja. Aqui entra a principal função do departamento de marketing, que na minha visão tem como tarefa entender a mente do consumidor e criar produtos e serviços que venham a deixa-los não apenas satisfeitos, mas encantados.
Peter Drucker afirmava que a função do marketing é transformar a venda em algo supérfluo. Produtos ruins precisam ser vendidos, bons produtos vendem-se por si só. Quando o marketing invadir a mente do consumidor e entendê-la de maneira profunda, criará o produto desejado pelo consumidor e vender será a parte fácil.
Também cabe ao marketing gerar interesse, e como somos altamente suscetíveis, o marketing tem obtido sucesso. Criam produtos e geram demandas.
Os fatores críticos de sucesso organizacional são: um departamento de marketing que entenda as necessidades e desejos dos consumidores e crie produtos e serviços rentáveis à organização e uma gestão heterogênea, que inove constantemente e que gere do conflito entre seus membros sinergia.
Em teoria é fácil. Colocar em prática tudo isto é o que complica. É unanimidade a carência de líderes visionários dentro das organizações.